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Jornalismo corporativo: fonte de orientação para os negócios

Atualizado: 13 de fev. de 2022



“Um empreendedor que não aprende a gerenciar não durará muito, assim como uma gerência que não aprende a inovar” (Peter Drucker)
“A vida é a soma de todas as suas escolhas” (Albert Camus)


O homem está sempre buscando novas ferramentas e novos modos de pensar para ajudá-lo a decidir. Da interpretação das vísceras de animais, à inteligência artificial, o caminho percorrido é longo, complexo, com muitas particularidades.


O conceito de tomada de decisão foi introduzido no campo da administração por Chester Barnard, em seu livro “As funções do executivo” [1], substituindo expressões como “alocação de recursos” ou “definição de políticas”. A partir desse momento, o administrador passou a ser visto como alguém que não só delibera, como também participa das melhores práticas de gestão. A troca de experiências semeia as boas práticas de governança.


Com a evolução do estudo do processo decisório, o homem passa a ser visto como agente econômico e administrativo, que busca a maximização dos ganhos por meio da racionalidade. Trata-se da teoria das decisões, formulada por Herbert Simon que a utilizou para explicar o comportamento humano nas organizações. [2]


Contudo, para o referido autor, a racionalidade é limitada e ineficiente, propondo, deste modo, um modelo distinto – o do homem administrativo.


Na espécie, o prestígio está nas decisões satisfatórias em detrimento daquelas de cunho “maximizadas”. Insere-se aqui o elemento propósito, porquanto são consideradas satisfatórias quando atendem aos requisitos mínimos desejados, no enfrentamento do problema.


O conhecimento não pode ficar parado. Deve ser aplicado e compartilhado. A tomada de decisão não é tarefa única dos gerentes, como de todos os colaboradores, de modo a gerar valor perante os stakeholders, renovando-se o seu ciclo.


Na atual era da informação, a comunicação corporativa deve ir além do dever de informar, sendo necessário a incorporação de novas habilidades ao profissional desta editoria.


Sob este novo prisma da profissão, o jornalista:

“Tem que ser alguém que cria, e não só transmite, um organizador, e não só um intérprete, alguém que junte os fatos e os torne acessíveis. Além de saber como redigir informações de imprensa ou como contá-las nos meios audiovisuais, deve descobrir como fazê-las chegar à mente de seu público. Em outras palavras, o jornalista tem agora que ser um administrador de dados acumulados, processador e analista desses dados” [3]

Neste contexto, o jornalismo empresarial supre uma lacuna, qual seja: fornecer informações de qualidade, com análise de dados e contexto, a um público profissional que precisa tomar decisões estratégicas.


Para atender esse nicho, vislumbramos no mercado editorial vários veículos de comunicação idôneos e de utilidade pública, em benefício da democratização do acesso ao conhecimento, prestando ao público informação confiável e profunda sobre o universo jurídico brasileiro e a economia, com veracidade, exatidão, clareza, rapidez, de modo a conjugar pensamento e ação.


Pensamento e ação são o binômio perfeito para agregar valor ao negócio por meio da busca de vantagens competitivas, mediante o acesso do empresário a especialistas, como advogados e auditores para maximização de riquezas; eticidade aos negócios por meio da governança corporativa e consequente mitigação de riscos.


As teses tributárias noticiadas pelas mídias especializadas em negócios e a possibilidade de redução da carga tributária as empresas consolidam o jornalismo como importante vetor para a tomada de decisões gerenciais, como a busca de um melhor planejamento tributário e societário, dentre outras soluções jurídicas disponíveis na esfera do direito preventivo.


Em tempos de mentiras universais e negacionismo, a especialização do jornalismo é uma saída para o excesso de informações e a superficialidade delas, que, deliberadamente, gera movimentos interessados no desequilíbrio das instituições.


O jornalismo corporativo presta um serviço essencial, mormente em períodos de instabilidades democráticas e econômicas, enquanto fonte de orientação para a prosperidade dos negócios e da própria liberdade econômica propiciada pelo empreendedorismo, como intercambio do conhecimento com o capital.


A mídia especializada pode romper com a uniformidade informativa apresentada pelos generalistas e, assim, democratizar o conhecimento, ao apresentar, em linguagem acessível a seu público, uma matéria com maior carga informativa e fontes diferenciadas, servindo de subsídios para tomadas de decisões mais assertivas e eficazes no âmbito empresarial.


A finalidade é única: compreender como o Estado Brasileiro afeta seus negócios. Com a oferta de informação isenta e plural, complementada por uma curadoria de capacitação e treinamento, cumprirá o jornalismo a sua função de utilidade pública como mediadora de recursos, para a formação de um ecossistema de inovação, prosperidade, mobilidade social e empoderamento econômico.


*Foto: Free-Photos por Pixabay (Imagem ilustrativa)

Notas


[1] BARNARD, Chester I. As funções do executivo. Tradução brasileira da Editora Atlas, São Paulo, 1971. Pág. 215.


[2] SIMON, Herbert. Comportamento Administrativo. Editora FGV. 1ª Edição de 1965.


[3] LAGE, N. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2017. P. 142.

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