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Conteúdo relevante: a ilha submersa

  • Foto do escritor: Contemporâneo
    Contemporâneo
  • 14 de jul.
  • 6 min de leitura
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No mar de informações, a disseminação de conteúdo relevante entrega valor e engajamento para melhores tomadas de decisão.

 

“Não faz sentido contratar pessoas inteligentes e dizer a elas o que fazer; nós contratamos pessoas inteligentes para que elas nos digam o que fazer". Steve Jobs

 

Um texto é uma unidade de sentido, com a combinação coerente e coesa dos seus elementos. Existem infinitas formas de dar concretude a uma ideia, o que significa que são inúmeros os textos que podem ser construídos para expressá-la.

 

Noutros termos, não se constitui como um amontoado de elementos; é intencionalmente construído para transmitir uma mensagem.

 

Concluímos, então, que qualquer texto é uma unidade de sentido. Cada elemento interage com os outros, tecendo significados e materializando um discurso, palavra tomada aqui como o plano do conteúdo do texto.

 

Todo texto produz um discurso e todo discurso só pode ser compreendido por meio de um texto.

 

Um texto composto por palavras, não é uma característica fundamental em sua definição. Consideramos texto toda forma de expressão de ideias. De acordo com essa concepção, uma imagem é um texto, assim como uma fala ou mesmo uma representação de mímica.

 

É toda forma de expressar uma ideia. Em outras palavras, é a materialização de um discurso.

 

A linguagem e a expressão de ideias são intrinsecos ao ser humano, a sua fonte original. O maquinismo da IA serve apenas para facilitar, especificamente no que tange as suas atividades operacionais, jamais substituta do seu intelecto e criatividade.

 

Contudo, as transformações digitais e a hiperconexão deram lugar a vulnerabilidade.

 

As redes sociais estão saturadas de conteúdo genérico. A dopamina digital[1] é uma epidemia do mundo moderno das telas, que afetam a capacidade reflexa (senso crítico) das pessoas.  

 

Por sua vez, o ego inflado, permeado por sentimentos e vaidades – fazer valer a posição e não os reais interesses - são também vícios, que como a maré cheia, atuam cobrindo parte das ideias, nas reuniões corporativas.

 

Dessa forma, reconhecer as próprias vulnerabilidades, manter o autocontrole e não se deixar levar pelo ego são requisitos fundamentais para criadores de conteúdo. Ou seja, não é sobre estar presente, mas sim impactar realmente.

 

Confuso na execução de uma nova tarefa? Busque conhecimento e aperfeicoamento profissional. Com conhecimento? Coloque em prática. Na prática? Repita até virar hábito.

 

A cultura e os valores são antecessores da tecnologia. Afinal, não importa quão automatizado se tornem nossos processos, tudo gira em torno de pessoas.

 

Hodiernamente, a disputa não é por atenção, e sim por relevância real. O problema não é o algoritmo nem as atualizações das plataformas, apesar de isso poder impactar a distribuição e o alcance do conteúdo.

 

Em um mundo onde plataformas dominam, algoritmos filtram e jovens buscam notícias no TikTok, a pergunta se impõe: como a mídia independente e a comunicação empresarial podem se manter relevante, visível e sustentável?

 

Com clareza na proposta de entrega de conteúdo e suporte nos seguintes pilares:

 

· Perfil com foco estratégico e palavras-chave certas;
· Conteúdo pensado para gerar percepção de autoridade e atrair conversas  com potencial real de negócio;
· Esclarecer duvidas;
· Escolher canais adequados;
· Comunicação clara, com menos burocracia e mais diálogo com o negócio;
· Letramento em inovação, com capacitação contínua, abertura ao novo e debates sobre tecnologia — para expandir a mentalidade das equipes;
· Cultura de segurança psicológica, em que errar não significa fracassar, e sim aprender. A inovação só prospera em ambientes em que as ideias circulam, a hierarquia pesa menos e as pessoas se sentem parte da construção;
· Mentoria natural para equipes mais jovens e Fórum de inovação;
· Usar a IA para eliminar o operacional, abrindo espaço para atividades criativas e estratégicas;
· Institucionalizar programas de gestão de ideias nas organizações, para coletar, avaliar e implementar sugestões dos colaboradores, visando a melhoria contínua e a inovação. Esse programa pode abranger desde pequenas melhorias em processos até o desenvolvimento de novos produtos ou serviços e estratégias de negócios, envolvendo todos os níveis da organização;
· Dar as ferramentas, não impor as soluções[2]

 

Se você lidera uma empresa, um projeto ou é referência em sua área, seu LinkedIn, por exemplo, precisa refletir isso.

 

Os aprendizados compartilhados nas empresas mostram que a abordagem mais eficaz na adoção tecnológica, especialmente da IA, deve ser voltada a sanar necessidades concretas; inovar sem contexto, gera um esvaziamento estratégico.

 

Ninguém vai ser melhor do que um ser humano com a IA ao lado. Por isso, a meta é integrar tecnologia e talento, gerando soluções criativas e estratégicas.

 

Lembre-se: o bom é inimigo do ótimo. Quantas vezes você já teve uma ideia brilhante? Mas ela nunca saiu do papel?

 

Leonardo da Vinci, considerado um dos maiores gênios da história, também sofria com isso. Sim, ele foi o mestre da criatividade, mas também da procrastinação.

 

Apesar de sua genialidade e vasto conhecimento, ele frequentemente deixava projetos inacabados, atrasava entregas e enfrentava dificuldades em iniciar ou concluir tarefas.

 

Hoje, em plena era da hiperconexão, vivemos um desafio parecido:

 

Excesso de informações, projetos paralelos, urgências de última hora e o foco nas entregas vai ficando de lado.

 

A necessidade por soluções capazes de entender contexto, intenção e significado é cada vez maior. É isso que faz da busca semântica a base para recomendações personalizadas de conteúdo, agrupamento inteligente de documentos e pesquisa avançada em grandes acervos textuais.

 

Informação é poder! Como amostra dessa assertiva, vide o exemplo do Google Trends, para entender o comportamento do consumidor, identificar tendências e otimizar estratégias de marketing, SEO e pesquisa, oferecendo dados valiosos para tomadas de decisão em diversos campos. 

 

A IA não pode drenar, e, sim, potencializar talentos! A tecnologia é uma aliada, porém as conexões humanas continuam insubstituíveis. Segmentação e personalização são cruciais para seu público-alvo.

 

Nesse compasso, a inovação com propósito começa de dentro para fora, reforçando a cultura, as interações humanas e a cooperação.

 

O conteúdo relevante supre as necessidades do seu público, da maneira certa e no momento adequado, portanto, é multifacetado e dinâmico, envolvendo disciplinas diversas e interconectadas, nem sempre ensinadas de maneira compreensiva na academia.

 

É preciso consagrar a cultura da disciplina e interdisciplinaridade com clareza, entenda-se didatismo, integridade e consistência profissional (ética empreendedora) para transformar o saber em um portal acessível a leitores interessados em dissecar informações de conteúdo relevante para tomadas de decisões profissionais e emancipação financeira[3].

 

Afinal de contas, a “viagem não acaba nunca” na busca do “oceano azul”. Como nos ensina Saramago: “É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre”[4]

 

 

Notas

 

[1] Publicações e interações em redes sociais que são projetadas para gerar uma resposta rápida e prazerosa no cérebro do usuário, liberando dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer e recompensa. Essa prática pode levar ao uso excessivo e compulsivo das redes sociais, pois o cérebro busca repetir experiências que geram essa sensação.

 

[2] James C. Collins na sua obra “Feitas para durar. Práticas bem-sucedidas de empresas visionárias” disserta: “Imagine que você conhecesse uma pessoa incrível que tivesse a habilidade de olhar para o sol ou as estrelas a qualquer hora do dia ou da noite e informar a hora e dia exatos...Esta pessoa seria um incrível relógio ambulante e nós provavelmente a veneraríamos por sua capacidade de informar as horas e o dia. Mas esta pessoa não seria muito mais incrível  se, em vez de nos informar as horas e o dia, ela fizesse um relógio que pudesse dizer as horas para sempre, mesmo quando esta pessoa não estivesse mais entre nós?” (Collins, James C. Feitas para Durar: Práticas Bem-sucedidas de Empresas Visionárias" (título original: "Built to Last: Successful Habits of Visionary Companies". Editora Rocco. 1995. Pag. 44-45.)

 

[3] Como exemplo, o conteúdo relevante sobre educação financeira é crucial para a emancipação financeira, em especial para as famílias e questões atinentes ao planejamento sucessório. A educação financeira capacita as pessoas a tomar decisões mais conscientes sobre dinheiro, planejar o futuro e alcançar seus objetivos financeiros, promovendo assim sua autonomia e bem-estar.  

 

[4] Saramago, José. Viagem a Portugal. Companhia das Letras. 2021.  

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