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Marketing pessoal: você é o seu melhor produto!

Atualizado: 23 de jan. de 2023


“Sua marca é o que as pessoas dizem sobre você quando você não está na sala” (Jeff Bezos).
“O mundo que você anseia pode ser conquistado. Existe, é real, é possível, é seu” (Ayn Rand)

O marketing pessoal é o conjunto de estratégias da pessoa inseridas no seu planejamento profissional, seja para conquistar uma nova posição no mercado de trabalho, ou para manter a posição atual, enquanto líder de sua marca pessoal, capaz de lhe auferir valor e vantagens competitivas.


Na nova economia onde impera os bens intangíveis, cada vez mais as empresas precisam investir em P&D (pesquisa e desenvolvimento) com o intuito de conquistar e principalmente fidelizar um volume maior de clientes, estabelecendo metas de diferenciação.


No entanto, transpondo este novo cenário para o universo corporativo, como será que os profissionais podem se diferenciar uns dos outros, e deste modo, gerar valor e vantagens competitivas no mercado de trabalho?


Neste contexto, assim como uma empresa é composta por missão, visão e valores definidos, essas estratégias podem ser reconhecidas dentro de cada pessoa como estratégia pessoal, visando a prosperidade.


A missão pode ser entendida como a razão de sua existência, e deve ir além da sua remuneração; está relacionada a motivação que a pessoa possui dentro dela. É o nosso propósito de vida, ou seja, os compromissos que temos tanto conosco quanto com aqueles que nos rodeiam como familiares, amigos, colegas de trabalho assim como os compromissos que assumimos com a sociedade.


A visão pode ser a resposta das perguntas: Como você se vê? Onde você quer chegar? Em quanto tempo? Os valores representam as crenças que norteiam a vida das pessoas, o porquê da forma de proceder e como é colocado em prática a teoria.


No mundo globalizado, cada vez mais os mercados estão parecidos, os consumidores mais seletivos e críticos, produtos e serviços não apresentam grande diferenciação entre si, com o acirramento da concorrência.


Deste modo, seja você um colaborador, gestor ou proprietário do seu negócio é imprescíndivel a utilização de ferramentas mercadológicas que direcionam a carreira profissional ou o rumo dos negócios, no que tange ao posicionamento de usa imagem perante gestores e stakeholders.


Sob este viés, cumpre com sua função o marketing pessoal, muitas vezes mal compreendido, ou pior: mal executado.


Corriqueiramente, é dito de maneira pejorativa ou até agressiva que pessoas sem ética fazem de tudo para “aparecer”, com o intuito de se autopromoverem a qualquer custo, com requintes maquiavélicos. Contudo, temos que compreender que isso não é marketing pessoal, mas, sim, procedimentos e comportamentos errôneos e desgovernados.


O marketing voltado para valor fundamenta-se na ética e na responsabilidade social, porque percebe e entende a sua importância em todo o contexto econômico; o caminho é de via dupla, em favor da organização onde você está inserido, da equipe, em uma visão macro e não para satisfazer o ego individual.


A marca pessoal é o que está na mente das pessoas que convivem com você. A imagem pessoal é estar adequado às situações pessoais, profissionais e a empresa na qual você quer estar inserido, mas sempre com responsabilidade e ética.


Noutros termos, a sociedade avalia as pessoas não somente pela imagem, embora estejamos vivendo em um mundo visual, mas também pelo comportamento capaz de transmitir informações e estabelecer imagens; a sua conduta profissional e pública, o que é exposto nas mídias sociais, dentre outros.


É inconteste o fato da imagem pessoal transmitir sempre mensagens, que tanto podem ser positivas como negativas. Você já pensou em gerar valor com a sua marca pessoal? Sabe que é possível monetizar a marca aproveitando quem você é? Dúvidas suscitadas do tipo “sei fazer, mas não sei vender” são bastante comuns.


Há de erigir a seguinte observação: o marketing pessoal é um conjunto de ações planejadas que facilitam - mas não garante, por si só - a obtenção de sucesso, tanto profissional como pessoal. Por óbvio, a formação e a capacitação profissional são imprescindíveis, aliadas ao poder de comunicação, porque só conseguimos ser eficientes se soubermos a exata maneira de desenvolver os trabalhos que nos são pertinentes e quanto mais eficientes, maior a possibilidade de atingirmos a eficácia e criarmos um diferencial efetivo.


A ferramenta em discussão é um dos insumos da prosperidade e da capacitação profissional, visando maximizar riquezas. É possível aplicarmos o mix de produtos, estabelecido por McCarthy [1], ao marketing pessoal de modo a enaltecer aspectos da personalidade, da formação e da nossa própria vida, que possam se tornar vantagens competitivas.


Estamos nos referindo a características pessoais que o profissional tem para oferecer como valor: formação, qualidade, conhecimento, conteúdo, competências, habilidades, atitudes, oratória, comportamentos e imagem, enquanto retrato de um produto. Todos nós temos o nosso valor e precisamos saber qual é, para acionar o gatilho, por meio de uma comunicação coesa e assertiva [2], alinhada a uma coerência de atitudes no âmbito pessoal e profissional.


Em contrapartida, é imperioso distinguirmos as nossas deficiências corretamente, a fim de que possamos minimizá-las ou mesmo superá-las, por meio de programas de capacitação e reciclagem profissional adequadas.


É necessário, portanto, desenvolver a personal branding, que é a gestão da marca pessoal, ou seja, administrar estrategicamente a sua presença, enquanto produto de valor e troca [3].


Podemos também dizer que marca pessoal é a promessa que você faz das suas entregas. Quanto mais coerência você tiver entre o que diz e o que faz, ou melhor, entre o que você “vende” e o que seu cliente recebe, maior será a sua vantagem competitiva no mercado.


Conforme dito, o marketing pessoal não é a solução pronta e imediata, no que tange as metas profissionais. É fundamental saber onde queremos chegar, ter estratégias e condutas idôneas, mas para tanto precisamos de tempo, preparação e resiliência, enquanto pilares da construção de uma imagem séria, ética e estruturada, visando o alcance da autoridade da marca pessoal e consequente credibilidade e confiança.


Notas


[1] MCCARTHY, E. Jerome. Basic Marketing: A Managerial Approach. Editora: Editora Irwin Professional Publishing.


[2] A assertividade não está somente na fala, nas palavras, mas também nas atitudes não verbais, porque o receptor, muitas vezes, percebe mais coisas na linguagem não verbal. Por isso, é imprescindível ter atenção quanto as suas atitudes, dress code, comportamentos e etc.


[3] O marketing é um processo de troca em que o cliente tem efetiva participação e isso só é possível quando as organizações têm fornecedores e colaboradores adequados. A troca é conceito central e básico do marketing; para que exista uma troca é preciso haver duas partes que queiram trocar algo, que cada uma tenha algo de valor que vai interessar a outra, elas precisam poder comunicar e entregar o que está sendo trocado e cada parte é livre para aceitar ou não os itens ofertados.


*Foto: Free-Photos por Flickr (Imagem ilustrativa).



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